segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A paranoia dos nossos dias

Naquela “saidinha do banco” ele olhou para um lado, depois olhou para o outro e saiu desconfiado e com rapidez, tinha a nítida impressão de estar sendo seguido. Começou a suar frio na testa e tentou chegar o mais rápido possível ao seu carro importado. Com um carrão daqueles, ele pensou, não tinha como não virar um alvo fácil para os bandidos. Ele abriu a porta do carro e mais do que depressa trancou a porta com janelas de vidro blindado e sentiu-se um pouco mais seguro, no entanto, continuou com a forte sensação de ainda estar sendo seguido. Saiu num rompante com o carro em disparada pela avenida e olhava pelo retrovisor para ter a certeza de que havia despistado o seu perseguidor e de que ele não estava no banco de trás e nada, continuava com medo e inseguro e ele achou que era aquele celta azul logo atrás que o perseguia ou talvez fosse o uno vermelho, não tinha certeza e decidiu parar e entrar num supermercado e os carros passaram e seguiram em frente e não eram eles, ele respirou com alivio. Ele foi ao supermercado e olhava nos rostos de cada pessoa que passava por ele desconfiado de que o seu perseguidor estava entre eles. Olhou para trás e assustou-se, decidiu sair correndo porque teve a impressão de tê-lo visto lá atrás olhando fixamente para ele, decidiu sair sem o carro, pois, achava que com o carro ele seria uma vítima mais fácil ainda, pegou um taxi e não via a hora de chegar à sua casa e abrir o seu alto portão com câmeras instaladas dos dois lados e seguranças na guarita e, finalmente chegou e desceu do taxi, pagou o taxista e saiu apressadamente e quando olhou para trás, lá estava ele, digo, ela, a “noia”, a paranoia, a sua sombra desenhada no chão quente de um dia de verão e, mais ninguém atrás dele, talvez um fruto da sua imaginação. Achou que havia enlouquecido porque todos os dias, na tv , apenas assistia notícias de assaltos seguidos de morte, estupros, balas perdidas e assim por diante. Chegou a sua casa, subiu até o seu quarto e, nem falou com a sua esposa deitada na cama, entrou no banheiro e viu o seu reflexo e o rosto do seu verdadeiro perseguidor refletido naquele espelho: o seu próprio medo.
No dia seguinte, decidiu enfrentá-lo, entrou numa comunidade da periferia perto de onde morava e, pediu para falar com um representante dos moradores. Os moradores estranharam ao ver aquele “tiozinho de carrão” pedindo para falar com um representante. Quando o representante chegou, ele expôs os seus planos e disse que a partir daquele momento, ele havia decidido ajudar a comunidade doando uma boa quantia do seu dinheiro para um centro de apoio à comunidade e que, não era por medo deles e nem por preconceito, mas, para que pudesse ajudar aqueles jovens sem oportunidades e que poderiam futuramente ajudá-lo a curar de um mal que já tomava conta de todo o seu ser: o medo, até, de si mesmo.


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ideias clássicas de um pagador clássico

Esse fim de semana eu assisti a um filme clássico do cinema brasileiro: "O Pagador de Promessas",de Anselmo Duarte e com Glória Menezes,excelente, Leonardo Villar, em interpretação magistral e Dionisio Azevedo, um grande intérprete e, o filme foi vencedor na categoria de melhor filme no festival de Cannes e é muito fácil entender o porquê. O filme têm ideias importantes, interessantes e clássicas de um dos melhores dramaturgos brasileiros, Dias Gomes e o seu conteúdo continua muitíssimo atual, cito algumas ideias do filme:
A imprensa: com a sua facilidade de usar a imagem de alguém para tirar proveito próprio e depois tirar o corpo fora quando a situação fica crítica.
A reforma agrária: apesar do ex-presidente Lula tentar ajudar na reforma agrária e ser impedido por forças de poderosos e não conseguir fazer uma reforma agrária efetiva no país, cabe a nova presidenta avançar nessa área se quiser que realmente o país cresça de uma forma justa para todos e, esse tema continua sempre atual, mesmo com um bom desenvolvimento em outros setores nos últimos anos.
A religião: usada como moeda de troca para muitos usarem o nome de Deus para obterem lucro e esquecerem o verdadeiro motivo dele ter vindo para nos salvar do nosso próprio egoísmo.

Poder de mãos sujas

Por que eu tenho a impressão de que o poder no Brasil continua o mesmo? As empresas de telecomunicações continuam nas mãos dos mesmos poderosos e nada muda muito porque a lavagem cerebral funciona direitinho. A presidenta libera dinheiro para a saúde e o dinheiro é desviado e continuam morrendo pessoas nos corredores dos hospitais e, na tv, é como se fosse uma coisa comum e rotineira, não existe realmente um interesse profundo pela vida de pessoas mais humildes morrendo todos os dias. Se fosse uma pessoa da classe média-alta eles com certeza dariam mais destaque e fariam mais debates na tv. O dinheiro sai de Brasília e vai direto para o lixo dos políticos corruptos de plantão. Enquanto não houver uma atitude do governo e uma vontade de colocar fiscais sérios para fiscalizar onde o dinheiro será aplicado realmente, os Estados, municípios e cidades continuarão a maquiar os seus feitos e não farão absolutamente nada pelos mais pobres. Os meios de comunicação de massa agem a favor dos políticos para eles votarem pelos seus próprios interesses e enquanto a população acreditar piamente em tudo o que dizem, vão apenas enxergar uma maquiagem mal feita tentando esconder a morte de seus amigos, parentes, cidadãos comuns abandonados nas filas de hospitais sem recursos e roubados por diretores e políticos mais do que corruptos: canalhas sem caráter não enxergando nos seus próprios espelhos a imagem dos verdadeiros monstros ao qual se transformaram.

Máscara de horror

E a madeiirada! do dia vai no lombo das indústrias de cosméticos, de rações e outros produtos que testam produtos em cobaias, como cães, camundongos, gatos, macacos,etc...Eu acabei de ver um documentário feito no Brasil chamado "Não Matarás", que mostra a crueldade dessas grandes empresas de produtos financiando experiências em faculdades para testar e vender futuramente os seus produtos. É uma verdadeira máscara de horror não muito comentada pela mídia ,claro e, na Europa já existem selos em produtos indicando que aquele produto não foi testado em animais, justamente para evitar isso. Eu recomendo e procurem na internet e,depois me digam se comprariam um produto como esses fabricados por essas multinacionais. De quanto horror eles precisam para fabricar a sua falsa máscara de beleza?

Se da alma fizesse samba ela com certeza teria um nome:Noel Rosa, a nossa eterna homenagem a um dos melhores até hoje!


Noel-Acrílico sobre madeira e

pirografia-23,0x21,0 cm

Essa é para os fãs de rock´n´roll´: o Madeiira! homenageia um dos melhores grupos de rock´n´roll do mundo no seu artesanato: Kiss!

Kiss-Acrílico sobre madeira-13,5x15,5 cm

Artesanato em madeira

Meu nome é Eudes Gomes e sou um artesão de peças de madeira, escritor e ilustrador e gostaria de disponibilizar neste blog o meu trabalho.Também postarei opiniões e outras coisas que considerar mais relevantes.